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As bombas de insulina são excelentes aliadas no tratamento de pessoas com diabetes tipo 1. Como médico assistente do Ambulatório de Bomba de Insulina do Hospital de Clínicas da Unicamp desde 2020, tenho ampla experiência e conhecimento no uso desses dispositivos. Além disso, trabalho no consultório com diferentes modelos da Medtronic e Roche, proporcionando opções personalizadas aos meus pacientes.
Minha missão é garantir que você receba o melhor cuidado possível no uso das bombas de insulina. Estarei ao seu lado para fornecer orientações precisas sobre o funcionamento, ajustes e manuseio correto desses dispositivos. Trabalharemos juntos para encontrar a melhor opção para suas necessidades individuais e alcançar um controle glicêmico mais eficiente e estável.
Como é usar uma bomba de insulina?
Há uma cânula (canudinho curto) que fica sob da pele o dia todo, que é conectada com a bomba através de um cateter (canudinho maior), como vocês podem ver na imagem. A bomba, por sua vez, pode ficar no bolso ou presa na roupa.
Ela é programada para ficar gotejando insulina o dia todo, o que chamamos de insulina basal. E sempre que a pessoa for comer, ela informa à bomba a quantidade de carboidratos, para que o sistema calcule uma dose maior de insulina para aquela refeição (insulina bôlus).
Quais as vantagens das bombas de insulina?
Menor número de "picadas" com agulha.
Ajuste mais fino da insulina basal, evitando fenômeno do alvorecer (insulina alta de manhã) e hipoglicemias.
Cálculo automático de doses de insulina baseados na glicemia atual e quantidade de carboidratos a serem consumidos.
Personalização de doses de insulina mais longas para alimentos mais gordurosos e eventos como churrascos.
Ativação de basais temporários para doenças, fases do ciclo menstrual e exercício físico.
Sensores que permitem que a bomba desligue sozinha antes que ocorra uma hipoglicemia (Medtronic).
Na bomba 780G (Medtronic): insulina de correção automática; autoajuste da insulina basal; conectividade com smartphones
Quais as indicações para usar?
Crianças < 6 anos
Gestantes com HbA1C > 8,5% apesar do alto grau de cuidado usando canetas ou com hipoglicemias significantes
Presença de complicações do diabetes
Hipoglicemias assintomáticas
Hipoglicemias graves (menor que 54 pelo menos 1x/semana ou com rebaixamento do nível de consciência pelo menos 2x/ano)
Outras possíveis indicações: crianças < 12 anos com mau controle; fenômeno do alvorecer com glicemia de jejum > 140 - 160; hipoglicemias noturnas frequentes e intensas; fenômeno do entardecer; grandes variações na rotina diária; adolescentes com transtornos alimentares; atletas profissionais; DM2 com resistência insulínica muito alta
OBS: em todos os casos, é importante que o paciente ou cuidador domine a técnica de contagem de carboidratos.
Quais os modelos mais modernos disponíveis no Brasil?
MiniMed 780G (Medtronic)
Accu-Check Spirit Combo (Roche)
Como iniciar o tratamento com a bomba?
Caso haja indicação para o uso, o paciente deve receber a prescrição de um endocrinologista e entrar em contato com as empresas disponíveis (Medtronic ou Roche) para adquirir a bomba. Também é possível dar entrada em um processo judicial ou administrativo para que os equipamentos e insumos sejam fornecidos gratuitamente pelo governo ou convênio médico. Converse com seu endocrinologista a respeito!
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